Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

15 junho 2007

Quem sou eu?...


“Quem sou eu?” – é uma pergunta que me faço muitas vezes. Não por questões existenciais, mas porque caio na dúvida de saber quem tenho me tornado diante de Deus. Por quê? Ora “por quê”... Vai me dizer que você nunca se pegou fazendo coisas que logo em seguida se perguntou: “Por que eu fiz isso?”. Coisas totalmente incongruentes com o que você fala ou com seus tão “firmes” princípios. Frases ditas por impulso, atos não pensados, gestos egoístas...

Eu sou assim. Aposto que você também é. Não que eu queira justificar meus erros e deslizes dizendo que todo mundo erra, mas é porque nós – seres humanos – somos assim. Nós, cristãos, por várias vezes reclamamos do grau de perfeição que as pessoas que nos cercam exigem de nós. Mas será que já paramos pra pensar que muitos de nós exigimos isso de nós mesmos? Repito: eu sou assim. Às vezes me acho tão perfeita que posso apontar o dedo pro outro e julgá-lo.

Cheguei ao ponto onde queria chegar: é aí que se dão os meus tropeços. Por que será? Deus é o ÚNICO que possui a qualidade da perfeição, ninguém mais. Por isso nunca vamos chegar lá. Por isso também que Ele permite que erremos e continuemos errando sempre – para vermos que só Ele é perfeito, digno de louvor e adoração. Mas muitas coisas nessa vida nos levam a pensar que somos o próprio Cristo, temporão e recriminado no meio de tantas pessoas com mil defeitos. Estou pondo em minha cabeça: Fabiana, você não é perfeita! Aí entramos em parafuso – peraí, não era para lutarmos dia após dia em busca de fazer tudo direito, tudo conforme o que Deus estabeleceu para nós? Sim, era. Mas por partes... Explicando: na luta por seguirmos o exemplo de Cristo, por muitas vezes vamos tropeçar, cair, ou mesmo despencar, parecendo que nunca vamos levantar. Por um lado, temos que ter consciência de que sempre vamos errar, nunca vamos ser perfeitos e não há nada que possamos fazer para que isso mude. Por outro lado, não podemos nos desestimular em nossa luta. E, ao falharmos, devemos então saber nos erguer de imediato, conscientes de que muitas outras vidas dependem de nossa saúde espiritual. Nosso esforço por acertar nunca deve cessar – é isso uma das coisas que nos diferencia das pessoas que não conhecem a Deus.

Depois de toda a filosofia em torno de errar ou não errar, Deus falou ao meu coração através de uma música: “Meu maior desejo é saber quem Tu és em mim / Preciso tanto Te conhecer e responder ao Teu amor / Sei que posso alcançar Teu coração com meu louvor”. Precisamos saber quem Deus é em nós e quem somos para Deus. Nos enxergar com os olhos de Deus. Uma vez Ele me mostrou quem eu era para Ele e, apesar de esquecer muitas vezes, Ele sempre me recobra a memória desse dia. Max Lucado diz que Deus nos ama como somos, mas se recusa a deixar-nos desse jeito. É mais ou menos assim.

Deus é tudo em mim. Quando me afasto Dele por algum motivo, fico absolutamente incompleta e vazia. Aos olhos Dele, ainda estou descobrindo quem sou. O que já sei é que sem meu Deus querido não sou nada. Ele é o que há de bom em mim e longe Dele sou só defeitos e tropeços. Peço a Ele sabedoria para poder balancear tudo isso em minha vida: a tentativa de não errar; quando errar, reconhecer que sou falha mesmo; e sempre saber voltar imediatamente para Seus braços.

Um comentário:

Patrício disse...

Desafio nosso, é por em prática as palavras de Paulo: "Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim!". Isso é anulação? Não! É potencialização, efetividade, submissão!

Davi era amado pelo Senhor, não por ser perfeito. Mas pela sua atitude de submissão quando se encontrava em pecado.

Beijão, sobrinha querida!!!