Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

12 abril 2015

E fim.

Tudo na vida, mesmo sendo bom, tem seu fim. Aqui encerro meu blog não pra me calar, mas pra escrever em outro blog, de um jeito diferente. Afinal, muita coisa aconteceu e eu mesma estou diferente. Então, se não for pedir demais, passa lá no novo blog e, se for do seu interesse, fique acompanhando.

http://porenquantoporai.wordpress.com/

Abração a todos e Deus abençoe!

29 novembro 2013

Feliz Black Friday!

Muitas vezes somos influenciados a acreditar que só seremos felizes depois de comprar determinada coisa. Compramos. Aí vem a coisa seguinte e a seguinte. Daí entramos nesse ciclo de condicionar a nossa felicidade cada vez mais ao TER e menos ao SER.

Tenho aprendido que menos é mais (oooh, que novidade). Não é frase feita ou filosofia barata de vida - é racionalidade. Quando deixamos nossas mentes vagarem nas ondas da mídia, dos colegas, do status, acabamos sendo levados a isso mesmo: "Preciso de um iPhone!" "Minha TV não tem internet!" "Meu carro já tem 2 anos, preciso trocar!". Garanto que já ouvimos e/ou pensamos desta forma ao menos uma vez. Acho que é hora de voltarmos a refletir por nós mesmos em vários aspectos, dentre eles, ver o que realmente precisamos ao invés de desejar tudo o que vemos.

Bora pensar?

E Feliz Black Friday.


13 setembro 2013

A normalidade do casamento


Casar não é isso tudo que dizem. É menos. Ops, choquei! Calma, vou explicar. E como este blog passou por várias etapas da minha vida, não poderia deixar de registrar (e monologar) sobre mais esta.

No decorrer do processo de casamento, vi tanta gente  deslumbrada com a festa, com os presentes, com os preparativos, preocupada com os convidados, que esqueceu até de amar quem estava ali ao lado, casando também. Noivos se estressando, discutindo, ficando sem se falar. É, gente, o mundo dos casamentos é meio louco. Há ainda quem coloque a festa acima de tudo - acima do relacionamento, do compromisso e do amor. É como se a celebração fosse o auge da coisa toda. Pois bem, digo que casamento é bem menos que isso.

Casamento é menos festa, mais comprometimento. Menos estresse, mais alinhamento de ideias. Menos complicação, mais simplicidade. Fico feliz por termos passado pela festa de casamento como quem passa por um evento, sim, marcante. Mas com a naturalidade de saber que aquilo era só um marco, o início de uma caminhada juntos. Foi... natural.

Então... aos solteiros, digo que casem - o negócio é MUITO legal. Aos pretensos noivos, digo que relaxem e façam tudo com a cara de vocês - é uma das poucas oportunidades na vida em que você vai poder bater o pé e insistir que seja do seu jeito. Valorizem prioritariamente um ao outro, assim os preparativos, a celebração e a convivência será leve.

Falei. E podem deixar, que este não vai virar um blog sobre vida de casados.

09 julho 2013

De dentro da caixinha refrigerada

Dia desses estava com preguiça ocupada demais para fazer almoço, então juntei o povo de casa e fomos a uma conhecida rede de lanchonetes. Esta loja era nova, pelo que fiquei admirando a estrutura, o conforto das cadeiras e especialmente o clima frio que o ar condicionado proporcionava ali dentro. Ao subir as escadas e me deparar com uma grande vidraça, pude ver que lá fora, do outro lado da rua, uma catadora enfiava a cabeça dentro de um tambor de lixo, à procura de algo que lhe interessasse - talvez recicláveis, talvez comida.

Nessa hora me deu uma pontada no coração. Pensei em como podia ser isso, que na mesma cidade, no mesmo quarteirão, eu estivesse desfrutando do meu lanche dentro da caixinha refrigerada, que me proporcionava todo conforto do mundo, e outra pessoa estivesse debaixo do sol de rachar, procurando por comida na lata de lixo.

Não vim aqui discutir sobre a atual conjuntura da nossa sociedade, tampouco protestar para que os governantes se encarreguem de fazer alguma coisa para que aquela pessoa possa viver, morar e comer dignamente. Antes mesmo dos governantes, acho que cada um de nós pode fazer alguma coisa. A desigualdade pode ser, em parte, culpa do Governo, mas ela começa dentro das nossas cabeças. O que nos impede de atravessar a rua e levar um pedaço de sanduíche? Vou nem começar a elencar aqui nossas desculpas costumeiras, porque a resposta certa é NADA. Nada nos impede de, cada um na sua, esquecer a desigualdade e lembrar que lá em cima tem um Deus que nos ensina que somos iguais e que Ele nos ama igualmente.

E vamos embora mudar o mundo com amor.


"Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." (2 Timóteo 1:7)


Nota: a foto refere-se a cena similar capturada durante os jogos da Copa das Confederações em nossa Capital.

11 junho 2013

Ignorância suficiente

Durante um momento de Pequeno Grupo começamos a nos aprofundar em questões teológico-metafísicas da vida, sem chegar a conclusão qualquer. Voltamos então os nossos pensamentos a um dos livros mais sábios da Bíblia – Eclesiastes, que discute questões como as nossas. A conclusão do autor (ou dos autores, pois a autoria una é historicamente questionada) é de que, no fim das contas, “tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec. 2:17).

Fiquei pensando: talvez seja mesmo. Talvez se pensarmos demais e desejarmos obter as respostas pra todas as nossas questões, achemos o mesmo pensamento sábio de que tudo  por aqui não vale lá essas coisas e o mais precioso ainda nos aguarda no céu. Talvez porque tudo que a gente vê/vive de mais maravilhoso aqui nem se compara ao que veremos/viveremos lá, com o Pai. Deve ser tudo vaidade, mesmo.

No entanto, hoje acordei com o pensamento de que esse nível de entendimento pode nos impedir de desfrutar daquilo que Deus tem pra nós AQUI. Deus não nos mandou a esta vida de férias ou pra ficarmos entediados esperando a eternidade. Há um propósito. E pra gente desfrutar bem do que é este propósito, precisamos de um mínimo de ignorância para sermos felizes. 

(Ignorância? WHAT???)

Calma! Explico: viver a vida perguntando sobre o sentido de todas as coisas nos desvia do propósito principal – VIVER! Um dia obteremos todas as respostas pessoalmente, da boca Daquele que tudo fez.  Até lá, relaxe e viva.

07 maio 2013

Entre idas e vindas

Já pensei em encerrar oficialmente o blog e deixar como um bonito registro de coisas que passei. No entanto, parece que o próprio Deus me dá uns cutucões dizendo que ainda há o que fazer por aqui.

Fiquei pensando na ascensão das redes sociais como o Facebook e consequente declínio dos blogs. As pessoas não têm mais paciência tempo de ler textos longos, linhas de pensamento, desenvolvimento de ideias. Como o fast food, a fast information tomou conta da rede e não sei mais se eu escrevendo aqui é tão interessante para os leitores quanto era antes.

De qualquer modo, sempre foi um registro do que se passava dentro de mim. E ainda que poucos leiam (ou mesmo ninguém), a vontade de escrever ainda não morreu, então continuarei escrevendo e, quiçá, abençoando vidas.

09 julho 2012

Ah, minha bolha...






Hoje fui à penitenciária feminina. A igreja à qual pertenço trabalha com a restauração de caráter das pessoas lá de dentro, num esquema de 12 passos que nem o dos Alcoólicos Anônimos. Bem legal. Eles avisaram que tinha uma estrangeira lá que falava inglês e queria participar das reuniões. E lá vou eu de intérprete.

É engraçado como, por mais moderninha que eu me sinta, mais vivida e andada neste mundo, Deus ainda me mostra como vivo numa bolha. A bolha do conforto da minha casa e igreja, a bolha da boa educação e oportunidades que meus pais e tutores me proporcionaram. É uma bolha abençoada, mas ainda é uma bolha. O mundo fora dela não está para brincadeira.

O que vejo ali são mulheres em sua maioria sem instrução alguma - não falo somente de analfabetismo, mas falo de falta de princípios basilares da moral, ética, educação. Percebo até certo nível de infantilidade nos comentários que fazem. Não quero entrar na defesa de suas causas, já condenadas pela Justiça, mas defendo que todo ser humano tem direito à sua bolha: uma redoma permeada de carinho, instruções e oportunidades para amadurecer e ser GENTE, com toda a categoria da palavra.

O trabalho que fazemos não tem abrangência em toda a prisão - restringe-se apenas à creche, ou seja, trabalhamos com gestantes e mães de bebês. Isso torna a questão toda mais delicada ainda: elas veem uma nova vida nascendo e desejam ter oportunidade de acompanhar esse processo. Mas suas escolhas do passado não permitirão que isso aconteça. Na maioria dos casos, por causa da falta da bolha.

Agradeça a Deus se você vive numa bolha. Se tem ou teve família, educação, orientação; não é pra todo mundo. E, se doer o coração pensar nisso tudo, faça alguma coisa por quem não teve as mesmas oportunidades que você.

12 junho 2012

Sobre compartilhar, orar e viver igreja


Em minha igreja nos dividimos em pequenos grupos – os chamados PGs. Somos mais de 4000 pessoas, então a melhor maneira que encontramos de cuidarmos uns dos outros foi esta: formando “pequenas igrejas” nos lares. Reunimo-nos, na maioria dos casos, uma vez por semana, na casa de alguém ou em outro lugar combinado. Assim, lemos a Bíblia e compartilhamos nossas alegrias e lutas, vivendo o que acreditamos ser o real sentido de igreja – corpo, unidade, família.
Nos últimos dias me veio à mente esta analogia muito óbvia de igreja como família, de fato. Dentro do pequeno grupo ao qual pertenço, muitas de nós temos enfrentado batalhas ferrenhas quanto a relacionamentos, trabalho, família e até mesmo com pensamentos nada construtivos que insistem em tomar conta das nossas mentes. A diferença é que tudo isso tem sido compartilhado, ou seja, passa a não ser mais batalha de uma pessoa só, mas de um pequeno e poderoso exército de pessoas que seguram as mãos, oram, agem. “Levai as cargas uns dos outros…” (Gálatas 6:2). E disso temos visto o resultado, contemplando MARAVILHADAS o que Deus é capaz de fazer quando saímos da nossa “concha” e decidimos dividir as lutas umas com as outras – são traumas curados, situações resolvidas, perdão derramado.
Isso me fez pensar em como é interessante a força da oração. A Bíblia nos diz que “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16). E quando fala de “justo”, não se refere àquela pessoa perfeitinha, pois de perfeitos não temos nada. Refere-se àquele que foi justificado por meio de Cristo, ou seja, que o aceitou como Senhor e Salvador de sua vida e, dali pra frente, passou a ter o coração trabalhado no sentido de ter Jesus como exemplo.  Vejo isso nas amadas com quem convivo no pequeno grupo: nada de perfeição, mas coração muito sincero e cheio de fé de que Deus ainda vai nos surpreender muito nessa caminhada, lembrando que problemas divididos significam celebração de vitória conjunta. Que esse Deus excelente ainda me permita ver de perto muitas superações e conquistas na vida de meus irmãos, através da maravilha de compartilhar, orar e viver igreja.
Texto publicado no blog Cotidiano e Fé do Jornal O Povo, em 26/04/2012

Sonhar sem limites


-        Fabi?
-        Sim, Bárbara.
-        Eu tenho um sonho, sabe?
-        Hum…
-        Eu quero pintar meu cabelo de preto. Então vou viajar para o Japão, aprender japonês e ser uma cantora japonesa famosa. Sabe por quê? Porque eu tenho olhos puxados.
Este foi um dos meus diálogos com uma amiga portadora de Síndrome de Down com quem trabalhei por um ano num país distante. O que acho particularmente interessante nas pessoas especiais é a habilidade de sonhar sem limites. Nós, que, via de regra, nos consideramos mais “normais” que eles, colocamos nossos sonhos num patamar de possibilidade que não nos permite crer no que parece impossível. Nós sonhamos baixo; eles sonham alto. É como se, de certa forma, limitássemos até mesmo o agir de Deus em nossas vidas, sonhando somente com o que está ao nosso alcance, o que poderíamos obter com nosso próprio esforço.
Pergunto-me então: qual a graça? Onde fica o Deus do impossível? Somente nas nossas canções? De jeito nenhum. Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre. O mesmo Deus que criou o mundo, abriu o mar, ressuscitou mortos e parou o tempo é o meu Deus de hoje, com quem converso e que me guarda dia após dia. O mesmo Deus que fez o coração de Bárbara fez o meu também. Desde então aprendi a sonhar, dessa vez direitinho, colocando tudo nas mãos do Senhor.
Texto publicado no blog Cotidiano e Fé do Jornal O Povo, em 02/03/2012

O certo, o errado e todo o resto


O ator Daniel de Oliveira, ao interpretar Cazuza, disse uma frase que me deixou intrigada: “Existe o certo, o errado e todo o resto”. Não querendo entrar na questão de relativizar valores e princípios, caiu como uma luva sobre os meus atuais questionamentos com Deus.
Faz um tempo que ando cheia de perguntas. Fico até pensando se Deus tem uma filha mais “perguntadeira” que eu. Há princípios bíblicos pétreos – claros e imutáveis, onde Deus é categórico ao nos dizer SIM ou NÃO. No entanto, nem sempre nossas perguntas a Ele se enquadram neste perfil. Pela lógica cristã, fico revirando minha Bíblia em busca de respostas. E nem sempre encontro, o que a princípio me parece frustrante e me leva a perguntar (pra variar…): “Por que nem sempre a Bíblia serve como nosso ‘oráculo pessoal’?” É tão bom quando abrimos o santo livro e “pá” – lá está a resposta, brilhante e objetiva.
É aí que a luz brilha dentro da minha mente e do meu coração. Lembro que Jesus, ao voltar para perto do Pai, garantiu que não ficaríamos sozinhos. Ele nos deixou o Conselheiro, o Espírito Santo, que habita dentro de nós e nos guia nas mais diversas situações – inclusive nesta.
“E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês.” (João 14:16-17, NVI)
Percebi a facilidade tremenda com que esqueço este Deus tão presente em minha vida. Uma famosa música cristã diz: “Espírito Santo é Deus morando em mim”. Deus mora em mim!!! Tem coisa mais incrível que isso? Sem mais razões pra me apavorar diante dos meus questionamentos, vi que essa própria luz que brilhou dentro de mim foi o Espírito Santo me cutucando para buscar nEle as respostas. Então, joelho no chão, perguntas a Deus, aguardando que Ele, através de seu Espírito (que mora EM MIM – que coisa boa de repetir!) me dê paz para tomar o caminho certo, conforme descrito em Colossenses 3:15: “Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração (…)”.
Para o certo e o errado, existe a Palavra de Deus, nosso manual de instruções. E, em todo caso, recorramos ao Espírito Santo, o melhor de todos os conselheiros, que habita dentro de todo aquele que já rendeu sua vida à cruz de Jesus Cristo.
Texto publicado no blog Cotidiano e Fé do Jornal O Povo, em 01/02/2012