Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

29 novembro 2013

Feliz Black Friday!

Muitas vezes somos influenciados a acreditar que só seremos felizes depois de comprar determinada coisa. Compramos. Aí vem a coisa seguinte e a seguinte. Daí entramos nesse ciclo de condicionar a nossa felicidade cada vez mais ao TER e menos ao SER.

Tenho aprendido que menos é mais (oooh, que novidade). Não é frase feita ou filosofia barata de vida - é racionalidade. Quando deixamos nossas mentes vagarem nas ondas da mídia, dos colegas, do status, acabamos sendo levados a isso mesmo: "Preciso de um iPhone!" "Minha TV não tem internet!" "Meu carro já tem 2 anos, preciso trocar!". Garanto que já ouvimos e/ou pensamos desta forma ao menos uma vez. Acho que é hora de voltarmos a refletir por nós mesmos em vários aspectos, dentre eles, ver o que realmente precisamos ao invés de desejar tudo o que vemos.

Bora pensar?

E Feliz Black Friday.


13 setembro 2013

A normalidade do casamento


Casar não é isso tudo que dizem. É menos. Ops, choquei! Calma, vou explicar. E como este blog passou por várias etapas da minha vida, não poderia deixar de registrar (e monologar) sobre mais esta.

No decorrer do processo de casamento, vi tanta gente  deslumbrada com a festa, com os presentes, com os preparativos, preocupada com os convidados, que esqueceu até de amar quem estava ali ao lado, casando também. Noivos se estressando, discutindo, ficando sem se falar. É, gente, o mundo dos casamentos é meio louco. Há ainda quem coloque a festa acima de tudo - acima do relacionamento, do compromisso e do amor. É como se a celebração fosse o auge da coisa toda. Pois bem, digo que casamento é bem menos que isso.

Casamento é menos festa, mais comprometimento. Menos estresse, mais alinhamento de ideias. Menos complicação, mais simplicidade. Fico feliz por termos passado pela festa de casamento como quem passa por um evento, sim, marcante. Mas com a naturalidade de saber que aquilo era só um marco, o início de uma caminhada juntos. Foi... natural.

Então... aos solteiros, digo que casem - o negócio é MUITO legal. Aos pretensos noivos, digo que relaxem e façam tudo com a cara de vocês - é uma das poucas oportunidades na vida em que você vai poder bater o pé e insistir que seja do seu jeito. Valorizem prioritariamente um ao outro, assim os preparativos, a celebração e a convivência será leve.

Falei. E podem deixar, que este não vai virar um blog sobre vida de casados.

09 julho 2013

De dentro da caixinha refrigerada

Dia desses estava com preguiça ocupada demais para fazer almoço, então juntei o povo de casa e fomos a uma conhecida rede de lanchonetes. Esta loja era nova, pelo que fiquei admirando a estrutura, o conforto das cadeiras e especialmente o clima frio que o ar condicionado proporcionava ali dentro. Ao subir as escadas e me deparar com uma grande vidraça, pude ver que lá fora, do outro lado da rua, uma catadora enfiava a cabeça dentro de um tambor de lixo, à procura de algo que lhe interessasse - talvez recicláveis, talvez comida.

Nessa hora me deu uma pontada no coração. Pensei em como podia ser isso, que na mesma cidade, no mesmo quarteirão, eu estivesse desfrutando do meu lanche dentro da caixinha refrigerada, que me proporcionava todo conforto do mundo, e outra pessoa estivesse debaixo do sol de rachar, procurando por comida na lata de lixo.

Não vim aqui discutir sobre a atual conjuntura da nossa sociedade, tampouco protestar para que os governantes se encarreguem de fazer alguma coisa para que aquela pessoa possa viver, morar e comer dignamente. Antes mesmo dos governantes, acho que cada um de nós pode fazer alguma coisa. A desigualdade pode ser, em parte, culpa do Governo, mas ela começa dentro das nossas cabeças. O que nos impede de atravessar a rua e levar um pedaço de sanduíche? Vou nem começar a elencar aqui nossas desculpas costumeiras, porque a resposta certa é NADA. Nada nos impede de, cada um na sua, esquecer a desigualdade e lembrar que lá em cima tem um Deus que nos ensina que somos iguais e que Ele nos ama igualmente.

E vamos embora mudar o mundo com amor.


"Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio." (2 Timóteo 1:7)


Nota: a foto refere-se a cena similar capturada durante os jogos da Copa das Confederações em nossa Capital.

11 junho 2013

Ignorância suficiente

Durante um momento de Pequeno Grupo começamos a nos aprofundar em questões teológico-metafísicas da vida, sem chegar a conclusão qualquer. Voltamos então os nossos pensamentos a um dos livros mais sábios da Bíblia – Eclesiastes, que discute questões como as nossas. A conclusão do autor (ou dos autores, pois a autoria una é historicamente questionada) é de que, no fim das contas, “tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec. 2:17).

Fiquei pensando: talvez seja mesmo. Talvez se pensarmos demais e desejarmos obter as respostas pra todas as nossas questões, achemos o mesmo pensamento sábio de que tudo  por aqui não vale lá essas coisas e o mais precioso ainda nos aguarda no céu. Talvez porque tudo que a gente vê/vive de mais maravilhoso aqui nem se compara ao que veremos/viveremos lá, com o Pai. Deve ser tudo vaidade, mesmo.

No entanto, hoje acordei com o pensamento de que esse nível de entendimento pode nos impedir de desfrutar daquilo que Deus tem pra nós AQUI. Deus não nos mandou a esta vida de férias ou pra ficarmos entediados esperando a eternidade. Há um propósito. E pra gente desfrutar bem do que é este propósito, precisamos de um mínimo de ignorância para sermos felizes. 

(Ignorância? WHAT???)

Calma! Explico: viver a vida perguntando sobre o sentido de todas as coisas nos desvia do propósito principal – VIVER! Um dia obteremos todas as respostas pessoalmente, da boca Daquele que tudo fez.  Até lá, relaxe e viva.

07 maio 2013

Entre idas e vindas

Já pensei em encerrar oficialmente o blog e deixar como um bonito registro de coisas que passei. No entanto, parece que o próprio Deus me dá uns cutucões dizendo que ainda há o que fazer por aqui.

Fiquei pensando na ascensão das redes sociais como o Facebook e consequente declínio dos blogs. As pessoas não têm mais paciência tempo de ler textos longos, linhas de pensamento, desenvolvimento de ideias. Como o fast food, a fast information tomou conta da rede e não sei mais se eu escrevendo aqui é tão interessante para os leitores quanto era antes.

De qualquer modo, sempre foi um registro do que se passava dentro de mim. E ainda que poucos leiam (ou mesmo ninguém), a vontade de escrever ainda não morreu, então continuarei escrevendo e, quiçá, abençoando vidas.