Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

14 março 2010

Quero ser mãe!

Fortaleza, 11 de março de 2010.

Calma. Não é um apelo desesperado para que Deus pule algumas etapas (por sinais essenciais) em minha vida e me dê logo um filho. Não tem nada a ver com vontade de casar, constituir família, não... Não neste post. Explicarei.

Hoje meu dia foi muito corrido - MUITOS problemas pra resolver. Só sei que fiquei logo cansada, com aquela tensão nas costas, o humor também não estava lá essas coisas. Enfim, tinha tudo pra acabar o dia "enterrada" em minha cama, pedindo pra que o outro dia chegasse logo, como várias vezes já fiz. Ocorre que uma das melhores partes de viver ao lado desse Deus maravilhoso é saber que Ele é surpreendente. E não é que, apesar de saber disso, Ele ainda consegue me surpreender de forma inimaginável?

Eis que pego carona pra casa com uma amiga minha do trabalho. Recentemente ela teve um bebê que nasceu com um problema de saúde; ele teve que sofrer uma cirurgia com poucos dias de vida e minha amiga me contava que agora ele iria passar por outra operação tão séria quanto a primeira. Senti se formando um nó em minha garganta e começou aquela minha tão companheira vontade de chorar. Em minha mente eu perguntava: "Por que, Deus?... Uma criança tão pequena, já sofrendo isso tudo! Olha o estado dessa mãe...". Acho que Deus já me perdoou por todos os "por quês" que eu já fiz e que vou fazer daqui pro resto da minha vida (pergunto isso DEMAIS!), pois Ele tem sempre a resposta na ponta da língua. 

Depois de expor a situação delicada em que o filhote se encontrava, minha amiga começou a explicar (ou tentar explicar!) como era a sensação de ser mãe, de ter um "negocinho" que você ajudou a colocar no mundo, que tem a sua cara, os seus gens. Só que o que mais me tocou em seu depoimento foi quando ela falou que AGORA tinha um pouco de noção de como era o amor de Deus por nós. Ora, se uma criaturinha daquela, que passou quase 2 meses na UTI neonatal logo após o nascimento, quase sem dar feedback, já gerava um amor imenso em seu coração pelo simples fato dela ser sua MÃE, ficava fora de cogitação tentar mensurar o tamanho do amor de Deus por nós ao enviar seu único filho em sacrifício por nós. É amor grande demais, gente!!! 

Pensei: "Caramba. Nem tenho filho. Eu que não tenho mesmo noção do tamanho desse amor aí." Volta e meia penso que conheço Deus, que sei Sua forma de pensar e demonstrar seu amor. Que nada. Sei de nada. Hoje me toquei de que ainda sei menos sobre amor de Deus do que essa minha amiga. Mesmo assim, através de seu testemunho, pude contemplar um pouquinhozinho mais desse AMORZÃO do meu Pai. E vi que esse amor é tão autêntico que, até mesmo as tribulações, como esta que minha amiga está passando, servem para nos ensinar mais sobre o Senhor e Sua essência.

"Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus."
(Efésios 3:14, 17-21)

07 março 2010

Sobre a paixão...

(Transcrito de um papel vermelho, branco, azul e preto, todo rabiscado, informe publicitário da revista TAM nas nuvens, edição de fevereiro de 2010.)

Sobrevoando algum estado entre o Ceará e São Paulo, 01 de março de 2010.

Todos nós temos paixões. E é certo que acontecem fatos durante o dia que inspiram estas paixões, acendendo-as, avivando-as, tornando-as quase insuportáveis de se conterem dentro do peito. ESCREVER é uma de minhas paixões. Sair da rotina me inspira. Viajar me inspira. Ler crônicas cotidianas de Martha Medeiros definitivamente me inspira! E isso tudo está acontecendo neste exato momento - saí da rotina para viajar para SP e, na livraria do aeroporto, comprei um livro da autora. Fiquei então com uma vontade incontrolável de escrever e, adivinhem... nem sinal de um bloquinho de papel em branco por perto. Nem um guardanapo. "Droga! Será que as companhias aéreas não pensam nos clientes que sofrem ataques de compulsão pela escrita?" - pensei. Depois me toquei que ter pessoas assim a bordo não deve ser tão comum. Então, dentro da minha discreta excentricidade, não me incomodei em puxar a revista da TAM e procurar uma página com espaço razoável para que eu pudesse dar vazão a esta fúria das palavras dentro de mim.

Queria falar sobre paixão. De fato, ela é minha companheira fiel, pois não sei fazer quase nada com excelência sem que ela esteja de mãos dadas comigo. Mas não me refiro à paixão tão comumente falada  por aí. Não falo daquela que nos tira a razão e nos faz cometer insanidades; nem daquela que destrói lares, que exclui princípios; tampouco daquela que nos tira o chão quando se ausenta. Falo das paixões colocadas por Deus em nossas vidas. Pelas coisas simples. Paixão por estar com os amigos, que são verdadeiros presentes dos céus. Paixão por fazer um trabalho bem feito e ter a certeza de que, profissionalmente falando, se está no lugar onde Deus queria que estivesse. Paixão por ler um bom livro e agradecer ao Pai pela vida, saúde e criatividade de ser teletransportada para vários mundos através da leitura. Paixão por cantar, dançar, por ESCREVER!

A paixão, apesar de seu efeito devastador quando advinda de fontes equivocadas (como pode acontecer com todos os demais sentimentos), é algo permitido por Deus em nosso coração para dar um colorido especial à vida. É tão bom pensar em algo que gostamos de fazer e que sabemos que foi colocado por Deus em nosso ser e, de repente, sentir aquele instigante frio na barriga! É assim que me sinto agora - apaixonada por Deus me dar a oportunidade de quebrar minha rotina e esquentar minha paixão por escrever sobre como Ele é maravilhoso em me permitir ser tão humana a ponto de me apaixonar SIM, mas pelas coisas Dele.


Mais uma vez, OBRIGADA, DEUS!


Fabi