Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

27 julho 2008

Tão perto e tão longe...



"Entidade metafísica de natureza superior à minha". Eu já ouvira falar de Deus de várias formas: "força maior", "o lá de cima", "o todo-poderoso", "o cara", ou simplesmente "Ele". Algumas até desrespeitosas, mas aquela primeira me surpreendeu. Vou até repetir: "entidade metafísica de natureza superior à minha" - ouvi-a em minha aula de especialização. Acho que a pessoa que falou quis dar abrangência ao termo, ou ainda exacerbar, mesmo que de forma levemente irônica, a importância e imponência desse ser que rege todo o universo.

Distância - foi o que senti. Vi que a pessoa colocou o bom Deus num patamar de tal modo inalcançável, que teve de utilizar-se dessa qualificação para se referir a Ele. É claro que a Bíblia fala de Seu poder, de Sua onisciência, onipotência e onipresença. Sabemos que Deus é Deus e nada é impossível para Ele. No entanto, a meu ver, em momento algum Deus se pôs em uma posição de distância da humanidade. Embora muitas pessoas hoje se perguntem "onde está Deus?" frente às grandes catástrofes mundo afora, a Palavra de Deus nos mostra o quanto Ele sempre esteve perto. Mesmo no deserto (cf. livro de Êxodo) foi claro o cuidado (não faltou comida e as vestes do povo de Israel não se desgastaram) e presença de Deus (a nuvem de fumaça durante o dia e a coluna de fogo durante a noite). Até mesmo Jonas, que tentou fugir de Deus, pôde buscar Sua presença dentro da barriga do peixe. Ok, ok - tudo isso parece conto de fadas (embora eu acredite piamente que tudo seja a mais pura verdade!). Então busquemos ver a atenção de Deus para conosco na própria criação, neste mundo lindo, na perfeição com que funciona o organismo do ser humano. Difícil mesmo seria crer que tudo isso nasceu de uma grande explosão, hum?!

Este Deus "próximo" tem cuidado de mim durante toda a minha vida. Mesmo nos momentos em que eu cheguei a duvidar de Sua presença (como já descrevi no texto Dandelion, neste mesmo blog), Ele mostrou que, apesar de tremendo, também é um Deus personalíssimo, que trata pessoal e intimamente com cada um de nós. E por conhecê-lo desta forma, não poderia apelidá-lo de "entidade metafísica de natureza superior à minha". Faria mais justiça chamando-o de Pai, Jesus querido, meu amado, meu amigo e companheiro. Não é, de forma alguma, faltar-lhe com o respeito ou rebaixar-lhe de Sua soberania; antes é retribuir-lhe o imenso interesse e cuidado que tem conosco, dia após dia.

Te amo, Paizinho! Mais e mais a cada dia...