Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

07 março 2011

Amor é outra coisa...


- Eu vou te matar!
Foi a primeira frase que ouvi na manhã de um desses domingos. O sol brilhava e ainda era cedo, mas tive que me levantar pra conferir o que acontecia em minha rua. Era um casal discutindo e, entre tapas, essa era a frase que o homem dizia à sua mulher.
- Eu quero de volta minhas coisas! – ela replicava.
Interessante foi pensar que, algumas semanas atrás, era este mesmo casal que passava de mãos dadas em frente ao meu apartamento, cheio de conversas ao pé do ouvindo, trocando juras de amor, imagino. Isso me fez pensar no pouco valor que tem um “amor” hoje em dia. As aspas vão por conta de que talvez o verdadeiro amor esteja tão longe disso tudo…
Vejamos o que a Palavra de Deus fala sobre isso.
“Aquele que não ama não conhece a Deus” (I João 4:8). Alguns preferem pensar que é coincidência ou acreditar que são outras as razões, mas creio seriamente que, quanto mais a humanidade se distancia de Deus, menos entende o que é o verdadeiro amor. E deve se tornar tolo, do ponto de vista do Pai, ver pessoas matando “por amor”, traindo “por amor”, roubando”por amor” e fazendo mil outras insanidades em nome de um sentimento que pensam conhecer, mas que, na verdade, deveria levar outros nomes, tipo cobiça, inveja, ganância, egoísmo. Amor é outra coisa. E pra conhecer o amor, primeiro precisamos conhecer a Deus.
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.”
Não é música de banda famosa, é a sinceridade da Palavra de Deus em I Coríntios 13. Sem muita relação com romantismo, Paulo nos fala sobre o amor de Deus, que é a origem de tudo de bom que conhecemos. Foi esse tipo de amor que levou nosso Deus extremamente relacional a criar o homem e amá-lo da forma como o faz. O mesmo amor criou a mulher, para que esse não se sentisse só. O Deus amoroso criou a natureza ao nosso redor, para amarmos e cuidarmos de forma apropriada. E nos permite desenvolver amor das mais variadas formas: entre mãe e filha, amigos, pai e filho, o ato solidário, o coração do mártir, do missionário e, o mais lindo de todos – Jesus, o auge do amor de Deus. Isso sim é amar: dar seu único filho pra que todos tenham a oportunidade de ter a vida eterna. Ah, o amor… Pode estar distorcido e mal interpretado, mas podemos sempre buscar conhecer mais o Deus maravilhoso que nos criou e, com Ele, aprender a amar.
Publicado no blog Cotidiano e Fé do Jornal O Povo em 26.02.2011.