Por dentro de quase nada, mas querendo mostrar o que há dentro de mim. Meu nome é Fabiana e às vezes escrevo coisas.

10 julho 2007

Louvando no deserto


“VINDE, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele.” (Oséias 6:1,2)

Na primeira vez que li o livro de Oséias, confesso que não compreendi direito esse trecho. Não entendi por que o Senhor nos feriria. Entendo que o Senhor permitia ao Seu povo ser dominado e castigado no Antigo Testamento. No entanto, por viver na “Era da Graça”, não tinha o discernimento correto do que poderia significar isso em minha vida. Até acontecer comigo.

Vivemos debaixo de uma graça incompreensível. É tanto que temos dificuldade em exercitar a mesma graça que Deus nos dá com as pessoas ao nosso redor. Por tal motivo, somos levados a crer que, diante de nossas falhas, o Senhor nada faz, pois logo perdoa e esquece tudo. Mas lembremos o que nos diz Ele nos diz em Sua Palavra, em Apocalipse 3:19 – “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo”.

Acontece que Deus é tão gracioso que não permite que, como Seus servos, continuemos na condição espiritual medíocre em que nos encontrávamos quando nos convertemos a Ele. Para isso, Ele permite que sejamos provados, tentados, moldados. Logo no começo dos desertos pelos quais passamos, não entendemos. Sem motivo aparente, nos encontramos em estradas escuras, bifurcadas, no meio de um tempo trovejante. E nos queixamos com Deus: “Por quê?”.

“Pois tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como se acrisola a prata. Tu nos deixaste cair na armadilha; oprimiste as nossas costas; fizeste que os homens cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; porém, afinal, nos trouxeste para um lugar espaçoso.” (Salmo 66:10-12)

Eu estava assim – num deserto a perder de vista. Batalha atrás de batalha. Ainda não saí dele, pois Deus ainda tem muitas promessas a cumprir em minha vida e eu tenho que fazer a minha parte. Era aqui que eu queria chegar: o que é fazer a minha parte quando nada concreto pode ser feito? Não é uma questão de agir; é questão de se posicionar. Tudo o que vai acontecer no nosso “deserto espiritual” vai depender do tipo de atitude que tomamos diante dele. Podemos rastejar, sofrer muita sede e até “estacionar” sob o sol escaldante, pedindo para que Deus nos tire a vida. É o que mais dá vontade de fazer. Ou... podemos louvar a Deus durante todo o percurso, pedindo a Ele forças e nos alegrando sempre que Ele nos permite passar por um oásis. Fernanda Brum, em uma de suas músicas, diz: “O deserto é o meu lar...”. Vai ver que, no fundo, o deserto é mesmo o lar daqueles que querem sempre crescer em Deus, pois é no silêncio e na carência de todo conforto que somos levados a clamar mais, buscar mais a presença do Senhor e manter nosso coração mais sensível ao que Ele quer nos ensinar.

"Porventura não há bálsamo em Gileade? Ou não se acha lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?" (Jeremias 8:22)

Descobri que o Senhor tem uma unção especial a derramar sobre todos aqueles que estão em tribulação e colocam essas dificuldades em Suas mãos, ao invés de ter pena de si mesmos ou murmurar. Se tomamos a posição de receber o que Deus tem a nos dar no deserto, Ele fará de toda sequidão um manancial! Ô, Deus maravilhoso!

2 comentários:

Anônimo disse...

Poxa! Que texto massa!
É isso mesmo! Eu vejo que na vida do adorador, há um deserto constante. Partindo do ponto em que o deserto é o lugar de tratamento, de dependência, de aumentar a fé, de cura, de crescimento e tudo mais, a vida do crente de verdade é um grande deserto.
"O Deserto é o meu lar..."
Mas mesmo assim, temos uma ótima notícia! O Senhor, O Soberano Senhor, prepara vários oásis em meio a esse deserto. "Agrada-te do Senhor teu Deus e Ele cumprirá os desejos do teu coração".
Quando percebemos essa realidade, descobrimos que realmente o homem não tem onde reclinar a cabeça aqui na terra. Não tem felicidade nesse mundo!
E ainda assim, vivemos felizes por desfrutar do melhor de Deus! Chada de se alimentar de besteira!
Aleluia!
Foi mal Fabi... Escrevi demais, né?!

Ferreira Junior disse...

Espero aindar ter maturidade para ir aos desertos de livre e espontânea vondade, pois é nos desertos q crescemos e percebemos o quanto Deus está próximo de nós.