“Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem...”
(Ciranda da bailarina, Adriana Calcanhoto)
Quase todo culto ela está lá – a pequena bailarina, “atracada” com sua mãe. Tem cerca de dez ou doze anos de idade, deve vir da aula de balé (sua roupinha não nega). A mãe, uma senhora de quase meia idade, traz sempre um lenço amarrado em sua cabeça, o que denota seu estado de saúde fragilizado.
Não foi a roupa de balé ou a doença da mãe que me chamou a atenção – foi a fé daquela criança. Quando convidados a fazer oração, a menina fechava os olhos com força e agarrava o braço da mãe, como se pedisse “Deus, deixa minha mãe sempre aqui comigo?”. Lembrei da música transcrita acima, que brinca com o fato de tudo na vida da bailarina ser muito perfeito, muito cor-de-rosa, sempre sob os holofotes, como se viver fosse um eterno espetáculo.
O fato é que a vida de ninguém é perfeita; muitas vezes traz batalhas ferrenhas, não escolhendo raça, classe social, aparência, crença ou idade. A vida da pequena bailarina nada tem de perfeita; pelo contrário: traz desde cedo o medo de perder a mãe. Faz diferença a atitude que tomamos frente aos problemas – a dela foi de apegar-se àquilo que ninguém pode lhe tirar: a fé num Deus que opera o impossível. Mesmo nessa idade ela já entendeu a dinâmica de como viver bem: aceitar que nem tudo é colorido, mas que podemos sempre guardar em nosso coração uma fé inabalável de que tudo pode melhorar graças a Deus, de fato.
Publicado em 30/06/2010, no Blog Cotidiano e Fé, do Jornal O Povo.
(Ciranda da bailarina, Adriana Calcanhoto)
Quase todo culto ela está lá – a pequena bailarina, “atracada” com sua mãe. Tem cerca de dez ou doze anos de idade, deve vir da aula de balé (sua roupinha não nega). A mãe, uma senhora de quase meia idade, traz sempre um lenço amarrado em sua cabeça, o que denota seu estado de saúde fragilizado.
Não foi a roupa de balé ou a doença da mãe que me chamou a atenção – foi a fé daquela criança. Quando convidados a fazer oração, a menina fechava os olhos com força e agarrava o braço da mãe, como se pedisse “Deus, deixa minha mãe sempre aqui comigo?”. Lembrei da música transcrita acima, que brinca com o fato de tudo na vida da bailarina ser muito perfeito, muito cor-de-rosa, sempre sob os holofotes, como se viver fosse um eterno espetáculo.
O fato é que a vida de ninguém é perfeita; muitas vezes traz batalhas ferrenhas, não escolhendo raça, classe social, aparência, crença ou idade. A vida da pequena bailarina nada tem de perfeita; pelo contrário: traz desde cedo o medo de perder a mãe. Faz diferença a atitude que tomamos frente aos problemas – a dela foi de apegar-se àquilo que ninguém pode lhe tirar: a fé num Deus que opera o impossível. Mesmo nessa idade ela já entendeu a dinâmica de como viver bem: aceitar que nem tudo é colorido, mas que podemos sempre guardar em nosso coração uma fé inabalável de que tudo pode melhorar graças a Deus, de fato.
Publicado em 30/06/2010, no Blog Cotidiano e Fé, do Jornal O Povo.
4 comentários:
Vc ta escrevendo cada vez melhor...Ta lindo!
Lindo texto! Beijos
muito bonito o texto...e essa musica tbm......só que é de Edu LObo e Chico Buarque......bjo
ai... ai... Que lindo FabiT! É a esperança que se renova a cada dia, que nos faz viver...
Tá lindo amiga. Amo-te!
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